quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Geografia
Um país insular do Pacífico

O Japão é um país insular que forma um arco no Oceano Pacífico até a leste do Continente Asiático. O seu território abrange quatro grandes ilhas (por ordem da maior até à menor): Honshu, Hokkaido, Kyushu, e Shikoku, que se somam a muitas outras pequenas ilhas. O Oceano Pacífico está a leste, enquanto o Mar do Japão e o Mar do Leste da China separam o Japão do Continente Asiático.

Em termos de latitude, o Japão coincide aproximadamente com o Mar Mediterrâneo e com a cidade de Los Angeles, nos EUA. Paris e Londres têm latitudes pouco mais ao norte com relação ao norte de Hokkaido.

A área total do território japonês é de cerca de 378.000 km2. Este é aproximadamente o mesmo tamanho da Alemanha, Finlândia, Vietname ou Malásia. Representa, ainda, apenas 1/25 do tamanho dos Estados Unidos e é menor do que o estado da Califórnia.

A região costeira do Japão é bastante variada. Em alguns lugares, como em Kujukurihama, na província de Chiba, existem longos trechos de praias com largas faixas de areia ininterruptas por cerca de 80 km, enquanto a região costeira da província de Nagasaki é um exemplo de uma área caracterizada por penínsulas, enseadas e ilhas (como o arquipélago de Goto, e as ilhas de Tsushima e Iki, os quais fazem parte dessa província). Existem também áreas acidentadas na costa com muitas enseadas e penhascos íngremes, causados pela submersão da antiga costa devido às mudanças na crosta da terra.

Uma corrente oceânica de águas morna conhecida como “Kuroshio” (ou, “Corrente do Japão”), flui em direção ao norte ao longo da parte sul do arquipélago japonês e, uma sub-corrente dela, conhecida como corrente de Tsushima, flui em direção ao Mar do Japão ao longo do lado ocidental do país. Vindo do norte, uma corrente fria conhecida como Oyashio (ou corrente Chishima) flui em direção ao sul ao longo da costa oriental do Japão e, uma sub-corrente dela, chamada de corrente Liman, chega ao Mar do Japão vinda do norte. A mistura dessas correntes frias e quentes contribui para a abundância de pescados existentes nas águas próximas ao Japão.
Uma terra de muitos vulcões
Cerca de três quartos da superfície terrestre do Japão é montanhosa. A região de Chubu em Honshu Central é conhecida como o “teto do Japão” e possui muitas montanhas com mais de 3.000 metros de altitude.
A montanha japonesa mais alta é o Mt. Fuji (3.776m) na divisa das províncias de Yamanashi e Shizuoka.
Monte Fuji
Mt. Fuji
O pico mais alto do Japão, o Mt. Fuji é visto aqui apartir do Lago Kawaguchi em abril
Ele permanece coberto de neve até junho


O segundo pico mais alto do Japão é o Kitadake na província de Yamanashi, com 3.192m, e o terceiro pico mais alto é o Hotakadake, com 3.190m, na divisa das províncias de Nagano e Gifu.

Como está situado no cinturão vulcânico do Pacífico, o Japão possui várias regiões vulcânicas – geralmente divididas em sete – e que vai do extremo norte ao sul. Do número total de vulcões, aproximadamente 80 estão ativos, incluindo o Mt. Mihara na Ilha de Izu Oshima, Mt. Asama na divisa entre as províncias de Nagano e Gunma, e o Mt. Aso na província de Kumamoto. O Japão possui aproximadamente 1/10 dos 840 vulcões ativos no mundo, mesmo que abranja apenas 1/400 da terra do mundo. O Mt. Fuji que tem permanecido inativo desde sua última erupção em 1707, ainda assim poderia entrar em atividade atualmente.

Mesmo que os vulcões possam causar destruição em larga escala, eles também contribuem como uma fonte turística incalculável. Áreas turísticas como Nikko, Kakone, e a Península Izu, por exemplo, são famosas pelas suas águas termais e seu cenário atrativo de montanhas vulcânicas.

Como todos esses vulcões atestam, a crosta terrestre abaixo do arquipélago japonês é instável e cheio de energia. Por isso o Japão está entre os países propensos a sofrerem com terremotos. A cada ano ocorrem aproximadamente mil terremotos fortes o bastante para serem sentidos. Em janeiro de 1995, o Grande Terremoto Hanshin-Awaji matou aproximadamente 6.000 pessoas, feriu mais de 40.000, e deixou 200.000 desabrigadas. Um terremoto na província de Niigata, em outubro de 2004, deixou mais de 60 pessoas mortas e mais de 4.700 feridas.
Rios de correnteza forte

O montanhoso Japão foi abençoado com muitos rios. A maioria dos rios japoneses possui correntezas bastante fortes, fazendo com que as águas que escorrem pelas montanhas cheguem ao oceano bem rápido. Um exemplo desse declive nas correntezas dos rios pode ser observado no rio Kurobe, que desemboca no Mar do Japão logo após percorrer apenas 83 km desde a sua nascente nos alpes japoneses a uma altitude de mais de 2.900m.

O rio mais longo do Japão é o Shinano, que flui por 367 km a partir das montanhas da região de Chubu através da província de Niigata até o Mar do Japão. O segundo mais longo é o Tone, que percorre planície de Kanto até o Oceano Pacífico, e o terceiro em cumprimento é o Ishikari, em Hokkaido, que percorre 268 km.

Os muitos rios que descem das áreas montanhosas contribuíram bastante para moldar a topografia do Japão, criando vales grandes e pequenos, além de bacias e deltas, próximos aos locais que desembocam no mar. A maioria das planícies do país são pequenas. A maior planície é a Planície Kanto, que inclui partes dasprovíncias de Tochigi, Ibaraki, Gunma, Saitama, Chiba, Tóquio e Kanagawa. Outras grandes áreas relativamente planas são a Planície Echigo, (província de Niigata), a Planície Ishikari (em Hokkaido), e a Planície Nobi (nas províncias de Aichi e Gifu).

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